HIPERPROLACTINEMIA


             Prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise, localizada na base do crânio. Sua principal função é estimular a produção de leite pelas mamas durante a gestação e amamentação. Nessa fase há aumento fisiológico (normal) de sua produção. 
      Quando a elevação dos níveis de prolactina (hiperprolactinemia) ocorre fora desses períodos ou no sexo masculino é considerada patológica (anormal) pois inibe o funcionamento das gônadas: ovários e testículos.

        Além da galactorréia (produção de leite pelas mamas fora do período de lactação), os sintomas da hiperprolactinemia incluem diminuição da libido e infertilidade associada à irregularidade menstrual nas mulheres (podendo chegar a parada total da menstruação). Em alguns casos pode não haver sintomas, passando-se despercebida. Nos homens, pode levar a impotência sexual, piora da qualidade do esperma, e redução dos pelos corporais. Pode haver perda mineral óssea e até osteoporose em ambos sexos.
     

As causas patológicas mais comuns da hiperprolactinemia são: 

  • -Adenoma (tumor) de hipófise (prolactinomas);
  • -Hipotireoidismo primário;
  • -Efeito colateral pelo uso de alguns medicamentos;
  • -Síndrome dos ovários policísticos;
  • -Estresse psicológico;
  • -Insuficiência renal;
  • -Traumas ou lesões na região torácica (próximas ao mamilo).

      O diagnóstico é feito com dosagem de prolactina sérica para confirmação laboratorial da hiperprolactinemia. Após, será necessário identificação da causa através de uma anamnese bem feita (questionário médico, identificando principalmente medicações em uso que podem elevar a prolactina), exame clínico, exames laboratoriais e de imagem (sobretudo a ressonância magnética de hipófise caso suspeite-se de prolactinoma).

    O tratamento da hiperprolactinemia é feito pelo endocrinologista e dependerá da sua causa (retirada do medicamento que a está causando, correção do hipotireoidismo, etc). Já os prolactinomas são tratados com medicação oral e estas são capazes de normalizar os níveis de prolactina e de reduzir o tumor em 80% dos casos, dispensando assim a cirurgia. Já os 20% dos casos resistentes devem ser tratados por cirurgia transfenoidal (acesso via nasal).

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