Ao nascerem, as mulheres já apresentam em seus ovários os “folículos”, estruturas que, no decorrer da vida, vão diminuindo em quantidade e qualidade até acabarem. Estes folículos são responsáveis pela secreção dos principais hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona), que preparam o útero para a gestação, e pela produção de óvulos que, quando fecundados, se alojam no útero para formar o embrião.
Quando não ocorre fecundação, a camada de células descama e sangra, acontecendo o que chamamos de menstruação. Quando os folículos acabam, não há mais produção hormonal e ovulação. Aqui, inicia-se um período chamado de Climatério, que pode ser acompanhado de sintomas como: ondas de calor (fogachos), insônia, depressão, variação de humor, falta de memória, ressecamento vaginal, ganho de peso e diminuição da libido, entre outros. Com o tempo, também começam a perder, com maior rapidez, o cálcio dos ossos, além de se tornarem mais sujeitas a doenças do coração e doenças degenerativas do sistema nervoso, como o Mal de Alzheimer (um tipo de demência).
Atualmente, com o aumento da longevidade, as mulheres podem viver muitos anos após a menopausa. Para combater esses sintomas e melhorar a qualidade de vida dessas mulheres, a ciência começou a sintetizar estrogênios e progestágenos iguais aos naturais.
Mas será que qualquer mulher menopausada pode fazer terapia de reposição hormonal? A resposta é não. Essas são as indicações de reposição hormonal na mulher:
· Alívio dos sintomas da menopausa;
· Conservação do trofismo vaginal;
· Preservação do osso e da pele;
· Melhora do bem-estar geral;
· Melhora da sexualidade.
E quais são as contra-indicações?
· Presença de tumores que dependam de estrogênios, como os de mama e endométrio;
· Tromboembolismo ou trombofilia (doença que leva a uma tendência a tromboembolismos);
· Sangramento vaginal ou lesões do endométrio, identificadas à ultra-sonografia transvaginal, ou das mamas, não esclarecidas e à mamografia;
· Doenças do fígado, principalmente quando a reposição é feita por via oral.
Portanto, antes de iniciar reposição hormonal na menopausa, toda mulher deve ser avaliada pelo seu endocrinologista ou ginecologista, e esse acompanhamento deve ser mantido durante todo o tempo de tratamento.