DIABETESCONTROLE

Qual a importância do controle glicêmico em diabéticos?

O diabetes mellitus (DM) é definido como um grupo de doenças metabólicas, caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é o mais frequente, variando em graus mais leves a severos. 

Há uma grande preocupação com o controle dos níveis glicêmicos, visto que, em longo prazo, a hiperglicemia culmina em processos patológicos intensos, podendo causar complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos e, portanto, comprometer a autonomia e a qualidade de vida do indivíduo acometido. 

O diagnóstico correto e precoce do diabetes é extremamente importante para o tratamento eficaz e preventivo de complicações. Dentre os exames laboratoriais frequentemente utilizados para nortear as direções terapêuticas está a hemoglobina glicada, também conhecida como HbA1c, que reflete a glicemia média em até 3 meses e tem forte valor preditivo para possíveis complicações decorrentes do DM. 

Estima-se que 40% dos diabéticos venham a ter complicações tardias da doença. Tais complicações poderão ser reduzidas, ou evitadas, após controle glicêmico adequado, que pode ser alcançado após mudança do estilo de vida, associado a uso de medicações, e visitas regulares ao seu endocrinologista, com consulta e exames laboratoriais. Em alguns casos também poderá ser necessário incluir a auto-monitorização da glicemia em casa. 

Então, se o diabético mantém-se com bom controle glicêmico, pode evitar as seguintes complicações: 

1- Pé diabético- é uma das complicações mais frequentes do DM, o que faz dessa a principal causa de amputações não traumáticas de membros inferiores. Para evitar este problema é importante não só um bom controle do DM mas também uma série de cuidados com os pés. Os problemas no pé são consequência de dois fatores – a aterosclerose (acumulação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias) e a neuropatia (degeneração dos nervos). Algus indivíduos chegam a perder a totalidade da sensibilidade dos pés. 

2- Nefropatia diabética- Quando, ao longo de anos, as artérias são sujeitas e níveis de glicemia elevados, elas começam a ficar danificadas, este dano é ainda mais grave se coexistir hipertensão arterial. O primeiro sinal da nefropatia é a existência de pequenas quantidades de uma proteína, chamada albumina, na urina. Em situações mais graves, a nefropatia pode culminar numa insuficiência renal, isto é, o rim deixa de ser capaz de realizar a sua função de purificação e é necessário recorrer à hemodiálise para que o sangue seja purificado. 

3- Retinopatia diabética- é uma das principais causas de perda grave de visão a nível mundial. É causada pelo aumento dos níveis de glicemia, que provocam alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina, no interior do olho. Estes vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina. 

4- Disfunção erétil- é a incapacidade persistente de atingir e manter uma ereção suficiente para realizar uma atividade sexual satisfatória. Este problema pode surgir por complicações neurológicas, quando os nervos penianos deixam de ser capazes de enviar estimulação ao cérebro, e por alterações vasculares, que surgem quando as artérias já não são capazes de deixar passar a quantidade de sangue suficiente para o pênis. Surge habitualmente após mais de 10 anos do diagnóstico do diabetes e tem uma incidência de 30% a 50% nas pessoas com glicemia mal controlada. O risco aumenta exponencialmente quando existem outros fatores de risco como a hipertensão ou o tabagismo. 

5- A hipertensão arterial e o diabetes são doenças inter-relacionadas que, se não tratadas adequadamente, aumentam o risco de doenças cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e doença ateroescleróticas dos membros inferiores).

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